A equipe da 3M Infection
Prevention Division analisou 275 duodenoscópios flexíveis, gastroscópios
e colonoscópios e descobriu que 30%, 24% e 3%, respectivamente, não
passaram em uma classificação de limpeza.
“Três em cada 20 é um
número inesperadamente elevado de endoscópios com falta de critério de
limpeza. Claramente, não gostaríamos que nenhum endoscópio não passasse
na classificação de limpeza”, afirma o investigador principal Marco
Bommarito.
Nos últimos anos tem havido
relatos de endoscópios indevidamente limpos nos serviços de saúde em
todo o país, incluindo na Veterans Administration, em que milhares de
pacientes necessitaram de testes para HIV, bem como a hepatite B e C.
De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), que publicou as diretrizes para
reprocessamento de endoscópios em 2008, mais surtos de saúde têm sido
associados a endoscópios contaminados do que qualquer outro dispositivo
médico.
Anualmente entre 15 e 20
milhões de procedimentos endoscópicos são realizados com endoscópio
reutilizáveis para rastrear vários componentes do aparelho
gastrointestinal de um paciente. Estes dispositivos permitem que os
profissionais de saúde investiguem a superfície deste órgão e
identifiquem problemas como pólipos ou câncer de cólon.
Depois que um endoscópio é
utilizado para um procedimento, ele é enviado para limpeza antes de ser
reutilizado com outro paciente. Este reprocesso envolve duas etapas: a
primeira limpeza, manual com um detergente enzimático e fricção por um
técnico do hospital e, segundo, mergulhar o dispositivo em um
desinfetante de alto nível.
O primeiro passo é
essencial para assegurar que o processo de desinfecção seja eficaz. Após
o fim da limpeza manual, o técnico inspeciona visualmente o instrumento
para garantir a limpeza. No entanto, este estudo mostrou que a
contaminação pode permanecer no dispositivo e pode ser invisível a olho
nu.
No estudo, após o passo do
processo de descontaminação e desinfecção de limpeza manual, os técnicos
de limpeza em cinco hospitais nos EUA foram solicitados a lavar os
dispositivos com água estéril, e esta amostra foi analisada pelos
investigadores para o trifosfato de adenosina (ATP), marcador de
contaminação biológica.
A quantidade de ATP, em
unidades de luz relativas (RLUs), foi medida, com um limite para
“aprovado / reprovado” fixado em 200 RLUs.iii, iv. Quaisquer
instrumentos com mais de 200 RLUs foram identificados como com falha de
limpeza.
“Os protocolos de limpeza
para endoscópios flexíveis precisam de melhorias, tais como orientações
adaptadas ao tipo de dispositivo ou identificar se há falta de um passo
crítico no processo de limpeza manual, além de documentar as medidas de
controle de qualidade. Estes tipos de melhorias poderiam ter um impacto
positivo na segurança do paciente”, conclui Bommarito.
Imaginem essa pesquisa no Brasil......
Disponível em: http://www.portalmidia.net/15-dos-endoscopios-reutilizaveis-estao-contaminados-com-bacterias-nocivas/
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