O nosso ar está acabando

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Jeffrey Durden representando o esgotamento do planeta Terra

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Transportes e Sustentabilidade: pedalando nas grandes cidades

Só para se ter uma idéia inicial, substituindo o carro pela bicicleta apenas uma vez na semana, por 8 km, se evita a emissão de cerca de 100 kg de CO2 por ano! Veja só alguns dos principais benefícios: - Tempo: o trânsito das grandes cidades em horários de pico transforma a bike num veículo bem mais rápido que os carros; é uma valiosa economia de tempo. - Dinheiro: Se comparado o investimento para a aquisição da bicicleta X carro, os gastos com manutenção, impostos, estacionamento e combustível, a economia com a bicicleta é grande! Imagine a conta: Trabalhando a 3km de distância e usando a bicicleta em cinco dias, serão economizados R$ 9,75 de combustível nesta semana. - Saúde: Os benefícios do exercício físico com a liberação de endorfina favorecem o relaxamento mental, melhora do humor, aumento da capacidade respiratória e da massa muscular, e é uma prática que previde doenças cardíacas, hipertensão, diabetes e obesidade. Ainda considerando o exemplo, trabalhando a 3km de distância e utilizando a bike nos cinco dias, queima-se 1.763 kcal por semana. Além disso, meia hora por dia pode aumentar a expectativa de vida em 4 anos e o mais impressionante, a qualidade do ar; de acordo com a Cetesb, o ar respirado por quem está dentro do carro é sete vezes mais poluído do que ao ar livre. - Menor stress: O trânsito é hoje considerado a fonte de maior stress para os habitantes das grandes cidades, assim, além de se estar realizando uma atividade ao ar livre, e fugindo do trânsito, há também a menor incidência de assaltos. - Sustentabilidade: é um veículo livre de emissões de CO2, o que representa uma excelente alternativa para se repensar o atual modelo baseado no transporte com automóveis nas cidades. Usando a bike cinco dias por 6km, deixa-se de emitir 8,25kg de CO2. Há de se considerar um fator importante para os ciclitas: a segurança em meio aos carros. Existem práticas de segurança em geral super básicas, como não andar na contramão e, para os motoristas dos carros, um mínimo de 1,5 m de distância para ultrapassar o ciclista nas ruas. Um exemplo de boa prática nesse sentido é um grupo australiano que se intitula bike bus (Ônibus de bicicletas). O grupo é um comboio e pedalam juntos para tornar o percurso mais seguro. Ali, já existem inclusive, rotas de bike buses, com três níveis diferentes de velocidade para os diferentes públicos e, como afirma a fundadora do sistema, Fiona Campbell “Além de não emitir gases ao meio ambiente, de ser gratuito e de sempre termos um assento garantido, é bom para a forma física, vida social, e é divertido e seguro”. Com tantos benefícios, por que o uso das bicicletas nas cidades brasileiras ainda não é tão grande como em Copenhagen ou na Holanda? Políticas públicas, planejamento urbano e segurança no trânsito podem ser alguns fatores, mas talvez o mais decisivo deles seja a cultura de hábitos e sua mudança. Um dado interessente é que a geração atual de jovens já não se interessa pelos carros como seus pais ou avós, e vêm aos poucos substituindo o conceito de liberdade que os jovens das décadas 60 e 70 atrelavam ao uso do carro para um estilo de vida em que o carro é visto como um fardo financeiro e ambiental. Aos poucos esta realidade está se transformando e imaginamos um futuro para a mobilidade urbana bem diferente. E você, já aderiu ao uso da bicicleta no dia-a-dia? Não? Então quais são suas maiores dificuldades para aderir a este novo hábito? * Fontes Cetesb, Ecopress, Blog Vá de Bike, Caloi, EcoD, Revista Bicicleta. (HomeCarbon/Mercado Ético)

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